Investimentos 2: Renda fixa

Investimentos de renda fixa são aqueles em que, grosso modo, recebe-se o mesmo todo mês em redimentos ou uma renda estipulada ao final de um período também estipulado. Geralmente são sinônimo de segurança, mas a segurança tem seu preço: baixo rendimento.

Poupança


Poupança é o investimento seguro símbolo da classe-média. Símbolo sim, primeiro porque não dá conta de ser investimento de verdade pelo baixo rendimento, segundo porque por causa da aversão ao risco (e desconhecimento, sobretudo) muita gente prefere o marasmo financeiro da poupança. Não me entendam mal, é melhor deixar o dinheiro na poupança do que nada, só que há algumas opções bem melhores.

Só pra ter uma idéia: A poupança rende cerca de 0,69% ao mês. Se você tivesse exatamente 100.000 reais aplicados na poupança, teria um rendimento mensal menor que dois salários mínimos(!). Que baita investimento... (fora o fato, que a gente nem conta, que acima de 20.000 reais na poupança estão livres de seguro caso o banco venha a decretar falência).

Fundos de Renda fixa

Ah, sim: fundos de renda-fixa e CDB já foram uma opção interessante à poupança em tempos de juros mais altos. Hoje não são mais, inclusive os fundos de RF já rendem menos que a própria poupança dependendo do banco, e a tendencia é piorar nesse sentido.

Tesouro Direto

Recentemente (coisa de cinco, seis anos pra cá) foi lançada ao público a opção de se comprar títulos do governo diretamente, coisa que antes não era permitida. O Tesouro Direto é, na minha humilde opinião, a melhor aplicação de renda fixa que existe, pela sua conjunção de extrema segurança e taxas razoáveis (boas para uma aplicação de renda fixa).

Para se aplicar em tesouro direto, escolhe-se um banco ou corretora apto a lidar com esse tipo de aplicação. Verifique no site do Tesouro Direto (tem até um simulador lá). Temos títulos pré-fixados (taxas decididas antes da aplicação) e pós-fixados (taxas fixadas no tempo da aplicação). Nos pré-fixados da modalidade LTN por exemplo, você compra um título a, digamos, R$900, e sabe que ele, em um ano por exemplo, vai valer R$1000 (há também o NTN-F, com formas de cálculo diferentes). Nos pós-fixados, você compa um título a um valor e ele vai valorizando segundo as taxas que incidem no título, que variam conforme a modalidade (os NTN-B são atrelados à taxa IPCA, os LFT são atrelados à taxa Selic).
Num tempo de juros baixando como agora, a melhor opção é pelas modalidades pré-fixadas, mas isso é conforme o perfil da pessoa.

Ao investir, atenção a uma coisa: existem taxas de custódia do banco ou corretora (compare) e não se esqueça do Imposto de renda, que incide sobre o rendimento (22,5 a 15%, dependendo do tempo de aplicação). Há também a taxa de custódia da CLBC (quem "toma conta" de fato desse dinheiro) que é de 0,4% ao ano.

O investimento em tesouro Direto é bem acessível, dado que se pode adquirir frações (em incrementos de 20%) de cotas inteiras (que geralmente estão em torno de R$800 para pré-fixadas e R$1600 para pós), o que resulta num mínimo de cerca de R$160 para começar.

Debêntures

Debêntures são títulos de dívidas de empresas, que funcionam de forma semelhante ao Tesouro Direto, mas com muito menos segurança (especialmente em títulos de empresas não tão grandes) e às vezes com rendimento um pouco maior (nada de entusiasmar muito, é bom que se diga).

Muito pouco é divulgado sobre as debêntures e existem muitas delas, de muitos tipos e empresas. Para se informar a respeito de cada uma vá no site da Bovespa, clique em Mercado > Renda fixa > Debêntures (se ir direto pro link das debêntures o site não funciona direito).

Geralmente o valor de um título desses gira em torno de R$10.000 (alguns poucos saem muito dessa faixa). Não é qualquer corretora ou banco que lida com eles (e, não se esqueça, cobra sua taxa).

P.S.: Através dos comentários, você pode mandar sua dúvida, se quiser se aprofundar, já que este é apenas um apanhado geral da coisa.

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