Ações 2: Na prática

Corretoras e taxas

Para se investir na bolsa é necessário uma corretora. Os bancos também são corretoras, portanto há uma facilidade nesse sentido. Algumas corretoras cobram uma porcentagem sobre a movimentação financeira, outras cobram uma taxa fixa por operação de compra/venda (geralmente entre R$15 e R$20). Esse custo (a "corretagem") é importantíssimo para se calcular o quanto se pode ganhar com operações na Bolsa.

Há uma taxa chamada "custódia", que se cobra quando se tem uma ação em seu poder por um tempo. A taxa é mensal e fica em torno dos R$10, quando existe (muitas corretoras não cobram).

Fora essa taxa há uma taxa da Bovespa, de 0,035% por operação, a "taxa de emolumentos".

Não há imposto de renda para operações na bolsa abaixo de R$20.000. Mais do que isso, há uma taxa de 15% sobre os ganhos, quando houver ganho.


Como se ganha

O investimento em ações consiste em duas possibilidades:
1- Ganhos com compra e venda. Compra-se, por exemplo, a 10 e vende-se a 12. Há de se deduzir nisso as taxas descritas acima e o risco implícito, que descrevo no próximo item.
2- Os chamados proventos, que são basicamente os dividendos, a distribuição dos lucros da empresa aos acionistas. Geralmente o valor deles é baixo, coisa de alguns centavos por ação. Algumas empresas são conhecidas por distribuir bons lucros a seus acionistas (por exemplo, Empresas de energia como CPFL, saneamento, outras como CSN e Souza Cruz).

Riscos

O risco mais comum e temido é mesmo o da queda nas ações. Veja que o risco máximo é o da empresa que você tem ações falir e você perder o dinheiro investido nela. Isso dificilmente (ou nunca) acontece sem que a empresa caia pelas tabelas e perca grande parte do seu valor antes. Na dúvida, veja como anda o valor das ações da empresa nos últimos tempos e lembre-se que todas as empresas que compõem o índice Ibovespa (e, geralmente, também os índices IBrX) são empresas saudáveis, com contas em dia.

Independente disso pode-se perder dinheiro devido à queda do valor das açoes. É bom dizer que a bolsa é volátil, cai num dia, sobe no outro, isso é normal. Pode até cair durante duas semanas seguidas e subir durante outras, estamos vendo isso agora aliás. O "catch" da coisa é que mesmo que caia muito, um dia subirá tudo o que caiu e mais um pouco. A tendência na bolsa é sempre, numa conjuntura favorável como a nossa, de alta a longo prazo, uma alta inclusive maior que a de qualquer outra aplicação.

Para quem quer ganhar no curto prazo e não quer perder (muito) há técnicas, descritas a seguir:
- Investir em um pseudo-fundo chamado POP, onde o investidor escolhe uma ação de uma empresa conhecida, o prazo (6 meses ou 1 ano) e investe o dinheiro. Se depois desse prazo as ações subiram o investidor ganha 80 ou 90% desse dinheiro, senão ele ganha quase o mesmo valor que investiu. O ruim disso, fora o valor do ganho não ser cheio e poder haver um pequeno prejuízo, é que antes de 6 meses ou 1 ano (dependendo do tipo do POP) não se pode tirar o dinheiro.
- Regular bem o "stop". O stop é um comando da bolsa onde você estipula um preço automático para venda. Digamos que você comprou ações de uma empresa a 50 reais. Você pode estipular que, se ela atingir 48, execute a ordem de venda. É importante dizer que, como a bolsa é volátil, não se pode estipular algo tipo 49,99, porque esse valor certamente seria atingido mesmo na alta (ações oscilam muito).
- Analisar os fundamentos da empresa e os gráficos (as análises, a serem descritas numa outra oportunidade).

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