Ações: O mito dos "Tubarões" e "sardinhas"

Vejo, nos fóruns financeiros, declarações sobre os "tubarões" e os "sardinhas". Insinuações de que os grandes investidores são superiores enquanto outros se inferiorizam, de que os grandes sempre ganham e os pequenos sempre perdem. Coisas que chegam ao extremo de convencer pessoas a tirar seu dinheiro da bolsa pois lá "elas nunca ganharão", pois seria um "jogo de cartas marcadas"...

Tenho que dizer que eu e a maioria dos investidores que conheço, independente do porte, desprezam tais afirmações. A bolsa de valores é sem dúvida uma das formas mais democráticas de investimento e ganhos de um modo geral. Digo isso pois o rumo do mercado é imprevisível, por mais que tenhamos formas de tentar prever esse rumo.

Se fosse fácil prever o rumo das coisas, todo grande banco contrataria grandes profissionais em Análise Técnica e Fundamentalista e pronto: riqueza garantida, sem ter que se submeter a qualquer outra atividade.

No entanto, nas grandes empresas que lidam com vultuosos investimentos temos profissionais que, por talentosos que sejam (e esse talento tem a ver com frieza, não com informações privilegiadas), estão quase tão sujeitos a erros quanto nós, "meros mortais". Sabemos que as análises indicam caminhos, e hoje podemos lê-las em vários lugares, até de graça. Os números das empresas estão disponibilizados em seus sites, na Bovespa e em vários outros lugares, via Internet, democraticamente...

Fica a pergunta: quem é privilegiado? Ora, sabemos que existem privilégios ilícitos vez por outra, mas a CVM é um órgão extremamente competente na caça por estes casos. Pessoalmente, acho que o único privilégio que pode haver é o privilégio de acreditar que pode-se ser bem-sucedido na bolsa e que nem todo mundo tem. Este sim faz "milagres"...